Vivemos em um meio um tanto surreal! Sonhamos com todos os aspectos de felicidades (para nós, é claro) nos quais nossa vida pode se realizar e deixamo-nos levar pela solícita impressão de que seremos ou realizaremos aqueles sonhos!
Qualquer desvencilhar de nossos sonhos são chamados pesadelos. Aqueles momentos em que a “força” parece nublar e há uma falha em nossas perspectivas. Uma quebra dos céus sem nuvens no qual vivemos. Um desvirtuar momentâneo de nossas expectativas e planos. Um vago e indelével sentimento de impotência frente ao desabar de nossos desejos. É o amargo pesadelo!!! O desconforto maldito de não realizações. De tarefas irrealizadas e vontades banalmente quebradas. De desvio inatural da realidade factível para um quarto obscuro e sombrio de imprevisões. Ele se manifesta!!!
E qual mortal que se diz imune aos pesadelos? Aos contratempos de suas vidas e sonhos??! De um amargo remorso de algo feito e não mais recuperável?
São esses pesadelos que permeiam nossas vidas e nos moldam. Nos fazem zumbis de uma felicidade inóspita onde o convencional reflete o necessário e bendito fim, mas o fim nos vassala com seu destempero e amargor. Das certezas desses carbonos estelares que nos formam, uma é a etérea finitude e outra o intrínseco sofrer. Nascemos com o sorriso estampado da derrota e nos vemos no fulgor das lágrimas esculpidas, famigerando por faces ambíguas, devoradas por futuros inconclusos. Permeamos vastos oceanos de dor, martírio de momentos infindados e amores inacabados. Somos prisioneiros de nossos pesadelos, os quais nos são caros e dolorosos, incorruptíveis e eternos. Álea jacta est! E perdemos feio!
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